domingo, 1 de agosto de 2010

Transições...


Há por ai uns autores que falam da vida como transições…
Ao longo do ciclo vital, no contexto profissional, da relação saúde/doença e também, como é obvia nas alterações sentimentais.
Sem que estas últimas tenham muita expressão para esses gurus, para além daquelas que evoluem para patologias, vou aqui tentar atribuir-lhes algum destaque.
Transição tem uma origem química, relacionada com os ‘estados’ (sólido, liquido e afins) e também uma origem biológica (mutações genética… essenciais à sobrevivência das várias espécies… e que hoje os vírus e bactérias tantos problemas nos causam)
Mas aqui, neste texto as transições referem-se a mudanças de ordem sentimental, entenda-se, estamos a falar de percepções! A forma como cada um encara as pessoas, acontecimentos, atitudes e comportamentos está, na minha opinião (vale o que vale), dizia, está relacionada com uma dimensão de temporalidade… as pessoas que conhecemos e com quem eventualmente vivemos (pessoal ou profissional) têm para nós um significado relacionado concretamente com o que foram (passado), o que são (presente) e com o que queremos que venham a ser/viver para nós/connosco… neste sentido, amamos ‘tipicamente’ ou que já conhecemos há muito tempo… ou quem queremos «conhecer» durante muito tempo… sim, claro, o mesmo se passa com amizades… que são até mais duradouras… mas que as valorizamos também em função da dimensão tempo…
Ora se assim é, se as relações têm uma conexão com o tempo, e sabendo nós que o tempo é carregado de subjectividade quase intemporal… fica difícil…! Sentimos com uma expressão circunscrita a um momento simples e por vezes infinitamente pequeno quando visto á distância… mas sentimos muito… em pouco tempo!
Um paradoxo que dificulta a explicação destas transições… como é possível levar tanto tempo a mudar de algo que se viveu em tão pouco tempo…

Recordo a expressão partilhada por ‘muitos’ e mais recentemente pelo grande humorista que re-econtrou a sua irmã…
"Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros! Apreciem cada momento, agradeçam e não deixem nada por dizer, nada por fazer!" António Feio

Beijos e Abraço
Mike

1 comentário:

  1. Quando conhecemos uma pessoa ela é o que queremos que seja. Com o tempo vai-se tornando naquilo que ela é.
    Raramente é a mesma coisa. E ainda bem… Ficam na nossa vida, ou sobrevivem à “transição”, as pessoas que nos fazem querer ser uma pessoa melhor. Melhor mãe, pai, amigo, colega, cidadão… podemos não conseguir ser nada de jeito, nem ser nem fazer ninguém feliz. Mas tentámos. E se calhar aquela pessoa que nos desiludiu também tentou… ou não!
    Tenho um R para ti, de Reencontro. Nada está perdido se tivermos a capacidade de nos reencontrarmos.
    Gostei de te ler!

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