terça-feira, 17 de abril de 2007

De repente passou um ano!

Seria fácil, talvez comum, poder utilizar este momento para um balanço, o que aconteceu, o que foi feito, o que poderia ter sido feito… aquilo que se deveria ter feito, o que está por fazer… mas não!
Mais do que fazer, aqui há espaço para o que se vive! Porque a vida não é apenas o que se faz… muito da vida é efectivamente o que não se faz… pensa-se, imagina-se, deseja-se mas jamais se concretiza!
Não deixa de ser curioso que exactamente um dia antes de fazer um ano de ausência de textos pessoais mas públicos, que surja o recomeço…
A mente tem destas particularidades, como que um relógio invisível, vamos programando a nossa vida, dos mais insignificantes aos mais complexos processos de decisão.
Se considerarmos esta premissa, de que controlamos de forma ‘in’consciente os timmings específicos nas nossas vidas, podemos compreender o facto de certas actividades terem toda a relevância num determinado contexto e/ou serem perfeitamente desajustadas noutros. E daqui decorre o sentimento que por vezes possuímos de que ‘é agora ou nunca’…
Enfim…
Neste momento de recomeço, gostaria de partilhar convosco (sinceramente não sei bem se escrevo aqui para mim ou se para alguém… e se ‘esse’ alguém alguma vez virá a ler…), mas dizia, gostaria de partilhar convosco a apresentação que fiz no âmbito de umas jornadas de enfermagem. O tema era formação em Enfermagem e Bolonha… tema actual, desafio, convite formulado por quem admiro profissionalmente… ingredientes suficientes para motivar e poder vir a ser algo de interessante!
Como de costume, há algum tempo a esta parte que para apresentações em congressos, penso o que dizer, estruturo umas ideias, sistematizo conceitos, preparo apresentação e no momento sai de ‘improviso’. (isto de falar de improviso tem muito que se lhe diga: alguém hábil que mente, alguém que já diz aquilo há muito tempo, ou alguém que se preparou muito bem) isto não está relacionado com a entrevista do 1º ministro…
Assim foi, no dia combinado, à hora (de manhã) marcada lá estava pronto para falar… só que…não saiu como eu tinha imaginado… ficou muito aquém das minhas expectativas… triste! Imediatamente após, falando com alguns ouvintes independentes, recebi felicitações várias. Isto era paradoxal. Ser felicitado, fazer aquele sorriso de circunstância e… pensar, o que é que se está aqui a passar? Depois de reflectir nas 2 da manhã quando terminei a apresentação na noite anterior, nos 90 minutos que demorei no trânsito, no facto de eu ir ‘abrir’ as jornadas, e das expectativas que tinha, concluí que aquilo não estava assim tão mau. Não estava tão bom como desejei, mas não foi tão mau como senti… juntar formação, Bolonha e pintura surrealista, foi muito à frente…
Retiro daqui a importância de relativizarmos as nossas expectativas quer com o que fazemos, quer com o que analisamos… gerir as expectativas permite comemorar se for melhor do que esperávamos, e não chorar se for pior.
(E não me esqueço que esta quinta-feira, os alunos orientados por mim no âmbito das monografias, vão apresentar os trabalhos…) J
É noite, o dia está a terminar ou a começar, olho para o relógio e marcam três menos vinte (02h:40m) … segundo consta, foi a hora a que nasci! Lá fora corre uma brisa quente e suave. Na rua ninguém passeia, corre, grita ou acelera… o mundo parece todo dormir, enquanto por aqui o som do teclado rompe a melodia de companhia…
Jinhos e Abraços, respectivamente e sem trocas...
MK