quarta-feira, 18 de agosto de 2010

de rotina para rotina

curioso o tempo de férias...

mudamos de ares, mudamos de local, mudamos de pessoas, mudamos de ritmos, e mudamos de rotinas... de umas (as do dia a dia) para outras (as de ano a ano)...
podemos constatar que o ser humano é pleno de processos de adaptação... e de mudança...

de férias o Mike está com menos acesso ao blog... voltarei em breve...

"mantenho aquelas sms 'quase' sem resposta... espero que mantenhas o sorriso lindo quando as lês... beijo ROMA :-)"

beijos e abraços
Mike

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Rever-te...

Fantástico o olhar penetrante sobre um pensamento único, que me lanças em cada palavra que sai por entre os teus lábios...
Rever-te! o olhar luzidio... a pele bronzeada... as palavras entoadas... o pescoço sensual... os dedos elegantes... os lábios que me chamam... brota ROMA por todos os poros…
a conversa flui quase sem sequência ou sentido… os sentidos de um estão dentro do outro! E o olhar de um penetra no outro…
tudo isso na companhia de … um gelado e um batido!
Beijo ROMA
Mike

Estátuas ou Teatros...


Uma metáfora que eventualmente se cruza com a vida…
Um destes dias em conversa com um ‘artista plástico’, fez-me um comentário em relação ao seu percurso de vida que me permitiu uma reflexão que agora partilho.
Dizia esse artista que no inicio da sua vida de criação, dedicou-se inicialmente ao desenho, depois à pintura e mais tarde à escultura. Durante este processo evolutivo, procurava caminhar para a ‘eternidade’ uma vez que os trabalhos que realizava eram fisicamente mais resistentes… curioso! Passada essa fase, poderíamos dizer de amadurecimento, dedicou-se (e ainda se dedica) ao teatro, sendo agora encenador…
Confrontado com o efémero de cada peça de teatro, que ‘fisicamente’ terminam no final de cada ato, respondeu: “durante muito tempo sentia-me realizado com a expectativa de durabilidade das minhas obras, hoje realizo-me com o final de cada momento!”
Fantástico, digo eu…! quando olhamos a nossa vida temos vários momentos que gostaríamos que ficassem para todo o sempre (talvez uma das justificações da paternidade!).

Mas há momentos/fases/acontecimentos que valem por tudo o que aconteceu antes dele próprio.
Temos assim um ‘post’ e um ‘ex-ante’! Questões que nos satisfazem porque perduram por si, questões que nos satisfazem porque ‘apenas’ aconteceram em si. Daqui a metáfora de ‘Estátuas’ (que perduram por si) ou 'Teatros' (que aconteceram em si)…
Conseguem ver pessoas, relações, acontecimentos, e afins desta forma? Estátuas ou Teatros…
Beijos e Abraço
Mike

terça-feira, 10 de agosto de 2010

ouvir sapos... engolir sapos...


Conhecemos a expressão popular de engolir sapos.
Referimo-nos às situações de que não gostamos mas por qualquer razão temos que aguentar…
As razões deste ‘aguentar’, são multifacetadas… falta de coragem, respeito institucional/hierárquico, não vale a pena o esforço de contestar, o tempo ajuda a resolver, ou a expressão que por vezes utilizo para mim (odeio trabalhar com incompetentes).
Ora acontece que verifico com ‘alguma’ frequência incompetentes com níveis de responsabilidade significativos… para além de o serem (e confesso que também eu nalguns níveis serei, ao olhar de outros, bem incompetente) não permitem o desenvolvimento de quem lhes está próximos. Ser incompetente é quase sinónimo de inseguro… ser inseguro é quase sinónimo de invisível… ou então autoritário, castrador, ‘atrofiador’ …
Contudo, conhecemos vários incompetentes temporários… que com trabalho, dedicação e entrega conseguem (conseguimos) evoluir… e fazer evoluir quem connosco está!
Bem… mas o que tem o engolir com ouvir… sapos!?
Foi estabelecida uma parceria de investigação entre Portugal e Espanha para estudarem uma determinada espécie de sapos… ao que parece, um conjunto de sapos com listas, vivem em zonas transfronteiriças. São portanto portugueses de cá, e espanhóis de lá… até aqui tudo bem, e como já não temos fronteiras, podem saltar de cá para lá… neste saltitar, eis que parece que os de cá e os de lá emitem sons diferentes… e estes foi o motivo da tal parceria internacional… saber se estamos perante uma nova espécie (ao que julgo saber existem quase 5000, cinco mil espécies diferentes de anfíbios), que se diferencia pelo som…
Sem desprezo para a importância do trabalho da ‘biologia’, que diga-se a troco de não se saber bem se ainda se preocupam com a sobrevivência da nossa espécie, (a Quercus, parece que também se preocupa, e os verdes, e a ‘politica agrícola comum’…), esses biólogos e outros que tais entram em tudo (e tornam-se nos tais incompetentes!), mas dizia, sem desprezo… mas junto esta de para uns irem ouvir sapos, outros têm engolir sapos…
De tantas necessidades de carácter social e humano, logo haveria de ser estabelecida como prioridade esta ‘dos sapos’…
Aguardamos as conclusões… seguramente ansiosos…
Beijo e Abraço
Mike

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A Traição do EU (2), fim de dia


O cenário é este...


Uma varanda bem generosa, com uma vista sobre um fantástico relvado… está a ser regado… ouve-se a água, sente-se o cheiro de relva fresca… a noite está amena… o calor abraça-nos com uma brisa quase imperceptível! No ar ouvem-se os acordes de keane (perfect symmetry)… tanto que já ouvi este CD, só agora reparei no título…
Leio o epílogo d’a traição do eu’.


As minhas mãos, alternam entre segurar com firmeza cada palavra do livro, uma cigarrilha e um copo…! Ali ao lado, uma árvore inclinada do vento, acompanha umas outras tantas em danças ritmadas que rapidamente transportam o meu pensamento para outra dimensão! Cada frase do «final» serve de mote para voar, navegar, correr, fugir, ir e… voltar! Não é transe nem efeitos colaterais do que as mãos seguram… antes e só, a liberdade de pensamento que assumimos na cumplicidade com o autor de um magnifico livro!

“Poderás ler, se te permitires transcender! Ok? Ok!”


Aqui ficam alguns ‘finais’ do livro… e talvez 'principios' de um qualquer ser!
“No entanto, a diferença entre rebelião e conformismo é fundamental. Só a rebelião torna a autenticidade possível, mas ela tem de conduzi para um sentido de comunhão com os nossos semelhantes.”
- Vejam o que escrevi de R’s… revoltado ou resignado!

“Temos de chegar aos limites das nossas forças, aprender que somos escravos – de uma forma ou doutra, para desejarmos a libertação”
- Sabem que me dedico (apaixono) aos projectos… e rapidamente procuro libertação…

“o esforço por sermos aceites pelo que é esperado sermos e fazermos torna-se um mecanismo para iludirmos a ansiedade interior. À medida que o sermos aprovados se torna o sentido da nossa existência, renunciamos a possibilidade de sermos amados pelo que somos realmente.”
… ainda não consigo escrever sobre…

“Temos de libertar-nos dos medos que nos levaram a considerar o divino algo exterior aos limites do próprio EU. (…) a compaixão e o amor são o que possibilita o despontar de um EU autêntico.”
“A atitude é a chave da autonomia. Se deixarmos que a nossa compaixão e o nosso amor em relação aos outros se desenvolvam, havemos de encontrá-la”
- amo(te) intensamente…

“se nunca tivermos hipótese de nos insurgirmos, o nosso destino é vivermos na situação absurda de quem nunca teve um EU próprio.”
- há dentro de mim um ser em permanente revolta…

Beijos e Abraços
Mike

Evolução e Mudança


A vida que é evolução, faz-se também de mudanças...
para quem um dia me conhecer... saberá que gosto de gravatas... que há algumas que têm para mim significado especial! que também não estreio fatos em situações ‘novas’… enfim.

Mas ia referir-me à evolução e à mudança a propósito de gravatas… vamos comprando, recebendo de ‘prenda’ e usando… até que um dia, procuramos melhorar o armário e encontrar foram de as arrumar a todas…
Eis que olhamos para aquelas que menos usamos… as de uso esporádico e as de uso frequente… e neste entretanto começamos a contar… o ‘cabide’ tem 16 apoios/posições de suporte… deve dar… colocamos mais que uma por apoio… 3+3+3…. Uff… está cheio e ainda não estão todas…algumas vão ter que ser ‘recicladas’… mas quais…!?
Evoluir e mudar… natural mas nem sempre fácil…

Beijos e Abraços
Mike

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Tempo e Olhar...


Houve um tempo em que um olhar que sobrevoava o ambiente rapidamente encontrava outro olhar brilhante de água luzidia que ofuscava todo o esplendor da natureza.
Nesse tempo, esses olhares abdicavam de tudo para se tocarem… o ambiente envolvente, por muito estimulante que fosse de nada valia face á força e ao poder que ambos apresentavam…
Os dias faziam sentido nessa procura… as noites, desejavam-se rápidas para a luz voltar encontrar… com excepção daquelas em que os olhares se fundiam e se apagavam perante a entrega, o envolvimento e o supremo sentimento…
Outros tempos…? Ou um acordar…?
Beijo Roma
Mike

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A traição do eu (I)


Olá...

este título é de um livro... deixo aqui algumas passagens, para mais tarde poderemos comentar... (quantas vezes lemos frases que até podiam ser nossas....)


"Homens velhos costuma parecer mais solitários que mulheres velhas, muito mais desamparados (...) os homens têm mais a perder que as mulheres, mais e mais rapidamente - justamente o que perseguem mas que lhes foge das mãos: o poder e autoconsideração que nele se baseia. As mulheres já estão mais contentes porque se «habituaram a perder há mais tempo». O homem luta por por um EU que não é EU. É apenas uma forma que se baseia na abstração que não benefeciam a vida mas apenas o seu encobrimento".


beijos e abraços
Mike

domingo, 1 de agosto de 2010

Transições...


Há por ai uns autores que falam da vida como transições…
Ao longo do ciclo vital, no contexto profissional, da relação saúde/doença e também, como é obvia nas alterações sentimentais.
Sem que estas últimas tenham muita expressão para esses gurus, para além daquelas que evoluem para patologias, vou aqui tentar atribuir-lhes algum destaque.
Transição tem uma origem química, relacionada com os ‘estados’ (sólido, liquido e afins) e também uma origem biológica (mutações genética… essenciais à sobrevivência das várias espécies… e que hoje os vírus e bactérias tantos problemas nos causam)
Mas aqui, neste texto as transições referem-se a mudanças de ordem sentimental, entenda-se, estamos a falar de percepções! A forma como cada um encara as pessoas, acontecimentos, atitudes e comportamentos está, na minha opinião (vale o que vale), dizia, está relacionada com uma dimensão de temporalidade… as pessoas que conhecemos e com quem eventualmente vivemos (pessoal ou profissional) têm para nós um significado relacionado concretamente com o que foram (passado), o que são (presente) e com o que queremos que venham a ser/viver para nós/connosco… neste sentido, amamos ‘tipicamente’ ou que já conhecemos há muito tempo… ou quem queremos «conhecer» durante muito tempo… sim, claro, o mesmo se passa com amizades… que são até mais duradouras… mas que as valorizamos também em função da dimensão tempo…
Ora se assim é, se as relações têm uma conexão com o tempo, e sabendo nós que o tempo é carregado de subjectividade quase intemporal… fica difícil…! Sentimos com uma expressão circunscrita a um momento simples e por vezes infinitamente pequeno quando visto á distância… mas sentimos muito… em pouco tempo!
Um paradoxo que dificulta a explicação destas transições… como é possível levar tanto tempo a mudar de algo que se viveu em tão pouco tempo…

Recordo a expressão partilhada por ‘muitos’ e mais recentemente pelo grande humorista que re-econtrou a sua irmã…
"Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros! Apreciem cada momento, agradeçam e não deixem nada por dizer, nada por fazer!" António Feio

Beijos e Abraço
Mike