Um final de dia... mais um entre tantos outros!
Por vezes sentimos que muito corremos, sem sabermos se fugimos ou perseguimos e frequentemente constatamos que nem saímos ou voltámos ao ponto onde nos encontrávamos.
Mas hoje foi um dia calmo.
De regresso a casa e no aconchego do espaço que efectivamente é nosso, dá para descansar o corpo e deixar voar o ‘espirito’ impulsionado por um livro, uma música ou simplesmente pelo incomensurável talento do pensamento! Desta vez foi a música. É um dos elementos que nos distingue de outros animais – a música! A par do raciocínio lógico e abstracto, matemática, emoções, sonhos... (parece que o homem tornou-se bípede à cerca de 7 milhões de anos, tendo o pensamento matemático surgido à cerca de 5 mil anos!!! Veja-se o reflexo! Evolução exponencial...).
Estava na música, e desta vez coloquei um daqueles cd’s de vários... de um certo tipo de música, verdade, mas sem ser apenas de um único ‘artista’! O som vai inundando o espaço, vai ganhando o seu território, vai passando a barreira do discreto para dominador! Neste crescente de afirmação há um destaque incontornável.
No meio dos seus pares, a sua música distingue-se.
Evidencia uma harmonia fora do vulgar!
É contagiante o ritmo, as mudanças de intensidade, a leveza, o toque, o ‘aperto’ que se sente no peito! Fisicamente parado no sofá sinto um turbilhão na pseudo-ordenada maneira de pensar! Sinto a sua música com enorme satisfação! Faço-lhe um pequeno tributo e coloco um outro cd, agora unicamente com interpretações suas! Pareço aceder ao ‘seu’ pedido, para que seja o artista principal neste meu final de noite!
Agora relaxo... entrego-me na sua condução mais que segura!
Penso em nada! Deixo-me levar! Sinto a magnitude de alguém que é capaz de tamanhas composições!
Como terá sido possível, vivendo em determinadas condições, e durante tão pouco tempo (apenas 35 anos), deixar um legado tão rico!
Para quem não conhece vale a pena ouvir!
Para quem já conhece vale a pena apreciar!
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Mk
Seria possível contemplar a nossa existência sem ouvirmos os compassos, ritmos e melodias...?
ResponderEliminarNa verdade hoje em dia a música faz parte de nós...cada pessoa tem a "sua" musica, cada momento tem a "sua" musica, cada ambiente tem a "sua" musica... na realidade esta levanos a dimensões superiores... ora somos Deuses, poderosos, indestrutiveis e com uma confiança inabalavel, ora somos mártires, cansados, tristes, saudosos, melancólicos. A música tem esta capacidade e é uma das maravilhas do mundo.
A música, desde o início de sua história, foi considerada uma prática cultural e humana. Provavelmente, fruto da observação dos sons da natureza, despertou no homem, através do sentido auditivo, a necessidade e vontade de fazê-la.
Defini-la não é tarefa fácil porque apesar de ser intuitivamente conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que abarque todos os significados dessa prática. Mais do que qualquer outra manifestação humana, a música contém e manipula o tempo e o som. Talvez por essa razão ela esteja sempre a fugir de qualquer definição, pois ao buscá-la, ela já se modificou, já evoluiu. E esse jogo do tempo é simultaneamente físico e emocional. Uma das maiores dificuldades em definir música tem sido o emprego dessa palavra na descrição de todas as atividades e elementos relacionadas aos sons organizados. Conceitos pré-definidos aplicam-se a práticas exploradas, esquadrinhadas, completamente conhecidas, o que não ocorre na música, que é infinita.
Um abraço Mike
Tens toda a razão!
ResponderEliminarAo fim de vários anos compreendi o porquê de Mozarte estar no topo dos que cativam na audição!
E 35 anos de física podem ser uma eternidade lógica.